sábado, 15 de novembro de 2008

Tanta dor...


É triste mas por vezes sinto-me feliz…
Quando me envolvo no teu ordinário amor…
Um amor que é mentira,
Um amor que nunca teve cor…
A cor quente, a cor sangrenta,
O vermelho vivo, o vermelho do amor…
Nunca esbocei um sorriso depois da tua partida fria…
Foram tantas as vezes e tantas as lágrimas,
Tanta a vergonha e o arrependimento…
Uma dor ardente de amor,
As lágrimas sofridas pela vergonha…

Usas e abusas, mas eu perdoo,
Não telefonas, não dás notícias, mas eu ignoro…
E ignoro o meu perdão com dor…
Dor que arde e fere sem compaixão,
Dor que vive em mim somente,
Por te adorar e perdoar…
Sinto-te tão próximo na distância que nos envolve…
Finjo que não dói mas sinto dor…

Vou e volto sempre a sorrir…
Para trás e para diante,
Ando-me a iludir…
Enquanto sorris por prazer,
Sorrio para não chorar…
Mas com tantos sorrisos teus,
Envolvo-me em lágrimas para me afogar…
Lágrimas de sangue do meu coração,
São meras paixões derrotadas pela ilusão…
Lágrimas límpidas do meu olhar,
São lençóis de água para me derrubar…
E são essas lágrimas que deslizam pelo meu rosto…
Sinceras, sofridas e ignoradas…

Sem comentários: