sábado, 15 de novembro de 2008

Nada restou...


Mirei o horizonte das rochas,
Contemplei o azul sem fim,
Em lágrimas de dor me perdi
Desvalorizei a figura que há em mim.
Só no teu ombro houve conforto,
Carinho de uma amiga incansável
Para ti não existe noite,
Quando o meu sentimento está instável;
Com mil horas, mil palavras, mil abraços,
Procuras afugentar a dor deste coração,
Em nobres palavras me provas
Que a vida que quero é uma ilusão;
Que não mereço tal dor, tal pena, tal pudor;
Existem mil caminhos cor-de-rosa,
Desenha-los todos um por um,
Ofereces a tua alma caridosa
Se me perder e cair por algum
E abraças-me de novo sem ressentimentos
E dou-te toda a razão sem fim;
Uma amiga a tempo inteiro,
Que agora já não é assim...
Cravou-me um punhal no peito,
Perfurando todo o meu sentimento...
Deixando apenas uma mágoa,
Sem uma lágrima de revolta...

De Nós nada restou...

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