quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Abro o meu coração


Por vezes não olho as pequenas coisas,
Por vezes não lhes dou o valor devido,
Sou insensível e não lamechas.
Não luto nem dou luta,
Nem ganho nem perco…
Nem consigo ser…eu!
Já dei muito mais de mim;
Já dei tudo!
Sem me darem nada em troca…
E pelo que sofri
Não quero voltar a sofrer.
Chego a ser tão fria
Que quase congelo o meu coração…
Mas não desisto!
Alguém o aquecerá um dia…
Não desisto nem acerto
E este coração não aprende…
Tenho saudades de ter vontade de sofrer
despropositadamente,
Descobri finalmente
Que não preciso que alguém me dê tudo…
Pois assim nunca lhe darei valor
Preciso de ser eu a dar…
Só assim saberei se o merece…
E finalmente descobri
que estou pronta
para me deixar derreter…
É só aparecer alguém
Que me dê luta,
E me faça lutar…

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A hora certa...


Não quero morrer num acampamento,
Não quero chegar e não encontrar vestígios da tua sentida presença
Muito menos da tua ausência…
Não quero ficar desorientada no meio de uma multidão,
Perder-me na ideia de nunca mais te ver,
E de sentir uma amarga saudade…
Quero recordar vida em três dias,
Adormecer com esse sentimento,
E acordar alegre a cantar…
Quero poder ver-te acordar a sorrir,
E sorrir sempre que sorris para mim,
Porque me vês…
Chegar inesperadamente e marcar a diferença,
Quero que cuides de mim sempre com esse carinho,
Matar as saudades sempre que as sentir,
A toda a hora!
Ouvir de novo que nunca te esquecerás de mim,
Que te marquei,
E que sentes pena de não falar e agir sem medos,
Na hora certa…
A toda a hora!
E quero poder dizer-te também o que sinto,
E o que quero sentir,
O que me fazes sentir…
Quero o teu sorriso,
Sempre que me lembro de ti,
A toda a hora!

Tudo o que não vivemos...


Como era bom se em teus braços pudesse submergir…
E em tuas palavras achar o conforto,
O carinho…
Como era bom que os nossos olhar se pudessem cruzar,
Mais uma vez…
E o teu sorriso me devolvesse a esperança;
Que uma palavra flutuasse em mim como um sonho,
E um pequeno gesto me permitisse sonhar,
E acordar, desse sonho…
Se fosse real,
Como era bom…
Em teus carinhos poder meditar,
E num beijo…
suspirar…
Renascer e viver de novo,
Tudo o que não vivemos
Mas podemos…
Ainda sonhar,
Meditar,
Realizar…
Como era bom…

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Há um motivo...


Sinto um vazio,
Falta-me um pedaço do lado direito…
Perdi-o por alguém,
Algures,
Por algum motivo…
Um simples motivo,
Amor…
Um grande motivo!
O único motivo!
Deixando assim de ser simples…
Grande e Único
Motivo…
Grande e Único
Amor…
E agora?
O motivo continua a ser
Grande…
Mas não o Amor…
E como recupero o tal pedaço?
Deixei-o lá ficar
Quando parti…
Não há tempo para voltar atrás…
E perdi um pedaço…
Um pedaço de mim…
Sinceramente,
Valeu a pena!
E agora?
Já nada vale a pena?!

Tenho que recomeçar,
Voltar ao zero!
Mas já vou a mil…
Oh! Que remorsos…
Sinceros alguns…
Há coisas que valem a pena,
E é de aproveitar…
Outras valem a pena
Mas nunca aproveitamos*…
Outras não valem mesmo a pena,
E essas,
Não comentamos…

domingo, 16 de novembro de 2008

Ouvir a rosa do coração...


Tenho que te esclarecer
Mas para isso,
Tenho que me sentir
Esclarecida também…
Tem sido tão difícil perceber...
Já não consigo lidar com os meus sentimentos
Já não distingo o certo
Do errado…
Sei que preciso de ti…
Porque sozinha não tenho forças
Mas se ficares muito perto
Tenho medo de fraquejar…
As coisas não podiam
Ser mais difíceis…
Mas complicadas
Do que estão…
Quando dizes: “Não sei se vale a pena esperar”
Perco a esperança…
…Nem eu…
Quando dizes “Eu vou esperar”
Fico apavorada…
Não te quero desiludir de novo
Não quero que esperes em vão…
Também não quero que desistas…
Foste o único, até agora
Que não desistiu de mim…
“Só falta a chama…
E é isso que quero recuperar”
…huuff…
E se for eu a causa da chama apagada?
Se for eu que a apago,
Porque me sinto confusa?

Preciso de espaço…
Não quero apagar as chamas…
Quero voltar a ser eu!
Não sei onde me perdi…
Só com quem me perdi…
Mas não tens culpa,
Desculpa!...
É o que sempre quiseste ouvir de mim…
Desculpa, desculpa…
Por tudo…
Não mereces a minha revolta,
Tenho que me livrar dela…
E não sei como
Sozinha…

Terei que procurar a resposta
Em mim…

Memórias...


Eu vi no céu a Lua e as estrelas,
Pensei que o dia estava a acabar
E que este impossível amor
Tinha aparecido para me iluminar…
Ao luar relembro o teu rosto,
No horizonte flutua o teu calor,
O teu cheiro trazido pela brisa
E no silêncio um doce toque do teu amor…
Relembrava uma fuga do teu sorriso,
Imaginava a suavidade da tua pele
E sonhava com palavras de esperança
Que soavam como beijos em tom de mel…
Mas essa noite terminou
E o teu sorriso não regressou,
Nem um doce olhar no horizonte,
Nem uma lembrança nele pairou…
Esqueci o brilho do Sol de Verão
E o amanhecer das cores foi em vão,
Apenas o brilho da Lua me esfria a alma
E as estrelas me devolvem a calma…

Adeus...


Adeus…
Uma palavra tão simples,
E tão difícil de dizer…
...
Por vezes custa mais
quando nem é pronunciada...
quando não é ouvida...
...
É mais fácil sair em silêncio
quando não há esperança num reencontro...
...mesmo assim,
prefiro uma despedida marcante
a uma ignorante e revoltante...

Chama apagada...


Sabes que sinto a tua falta,
Sabes que isso me deixa carente,
Mas respeitas-me e confias em mim
Acreditas que não vou ceder nem um segundo
É difícil…
Sabes o que sinto por ti,
Mas não me posso envolver de novo…
Não quero que sofras…
Outra vez…
E mais outra…
E outra…
Não resulta…
Basta!
Não podemos continuar com este jogo
É tão difícil lutar contra nós
Mas eu estou a tentar
Lamento, lamento muito,
Falta algo entre nós
Falta o oxigénio que mantém a chama acesa
É essa essência,
Que falta…
Huuufff…
…já não tenho garra
É ela que falta,
É a essência,
É o oxigénio,
É o pilar da relação…
Podíamos construir um muro…
…e um escudo protector em nosso redor
Mas não seria capaz de os suportar…
Sinto que não tenho força

Amor e uma cabana…
Já não acredito…
É frágil de mais…
Sinto que não há salvação,
Mas preciso de ti!
Dás-me força…
É bom poder contar contigo…
É bom saber que és diferente
E que mesmo quase sem esperança
Continuas a acreditar
Em nós…
E estás sempre lá…
…aqui…

sábado, 15 de novembro de 2008

O meu reflexo...


O silêncio denuncia o sentimento
Quando não há palavras com sentido
Sinto-me perdida, sinto-me perdida
Quero-me reencontrar em ti

O meu espelho já só mostra
A figura que sobrou
Onde está a mulher que me tornei?
E a criança que há em mim?
Tudo foi…só eu fiquei
Onde está o gesto de ternura?
Onde está a firmeza do meu ser?
Tudo foi…só eu fiquei
Onde está o sorriso aberto?
Onde está a dor e o rancor?
Tudo foi…só eu fiquei
Com esta imagem…de ninguém

Um minuto sem ti


O tempo não pode parar
E lá no fundo eu sinto
Quem espera sempre alcança
E faz tudo para não perder
O sentimento que não cessa
Por acima de tudo valer
Por saber que só a dor
Me vai fazer dizer:

Oh! Um minuto sem ti
Uma eternidade na solidão
Só a lembrança do teu sorriso
Me devolve a esperança
Que tenho no coração
Oh! Esse rosto que é um mapa
Para não me dispersar a sofrer
E esse olhar que me amansa
Quando deito tudo a perder

Oh! Um minuto sem ti…
Oh! Já nem sinto a pulsação…
Oh! Respiro o ar da saudade…
Oh! Que me sufoca o coração…

Oh! Um minuto sem ti
Uma eternidade na solidão
Só a lembrança do teu sorriso
Me devolve a esperança
Que tenho no coração
Oh! Esse rosto que é um mapa
Para não me dispersar a sofrer
E esse olhar que me amansa
Quando deito tudo a perder

Sei que não posso negar
Sei que não posso esconder
Que é por ti que de dia vivo
E que a Lua me faz morrer
Que ao Sol o dia brilha
Antes de a Lua me impedir
De saber se sonharás comigo
E se ao meu lado te vou sentir

Palavras...


Reencontro das palavras
Perdidas no teu leito,
Por um desleixo amoroso
Que apenas me causa dor.

Palavras frias e secas te dizia,
Por nas tuas não encontrar
O devido sofrimento do desejo,
Que só existia no meu amor.

Pela saudade do primeiro encontro
Sofro despropositadamente,
Pois nos teus olhos já só vejo
Desejo de outra noite em vão.

Palavras de enganche ligeiro,
Inábeis e abatidas,
Ambiciosas e sem cautela,
Temendo de todo uma relação.

Facilmente domináveis,
Dois corações distintos:
Eu entrego o corpo e a alma,
Tu respiras livremente e com calma

É o método singular
De conseguir a tua compaixão:
Entregar-me sem compromisso,
Com um objectivo e desamor.

Inverter o jogo é o plano:
Dominar-te por completo;
Sofro pela tua indiferença
Mas luto pelo concreto.

Medo...


Dentro da minha imensidão
Abraço o choro da guitarra,
No leito da fogosa paixão,
O rosto da ilusão me agarra.

Fujo da solidão,
Largando-me de um compromisso.
Sem querer apenas uma aventura,
A medo, é nela que me fixo.

Sorrio para o medo,
Choro na presença da fantasia,
Desejando apenas o teu amor,
Abraço o medo com euforia.

Amedrontada, não enfrento o meu inimigo,
O mais temível por um apaixonado,
E escrevo e choro e não te digo
Que sem ti o meu coração fica desalmado.

A chave...


Sempre tive curiosidade de espreitar para o outro lado
Mas sempre houve uma mão que me agarrava
Me segurava e não me deixava sequer alcançar a porta
Ficava só a olhar de longe, tão longe
Estive muitas vezes lá perto,
Mas nunca tinha a chave para atravessar
Não sei onde está escondida
Algures por aí, em alguém…
Quero poder-me libertar,
Quero poder sentir como é atravessar a passagem,
Poder gritar de alívio
E saber que lá cheguei,
Encontrei a chave naquela pessoa,
Ter a certeza que é essa…
É essa a pessoa…
Essa a chave!

Tanta dor...


É triste mas por vezes sinto-me feliz…
Quando me envolvo no teu ordinário amor…
Um amor que é mentira,
Um amor que nunca teve cor…
A cor quente, a cor sangrenta,
O vermelho vivo, o vermelho do amor…
Nunca esbocei um sorriso depois da tua partida fria…
Foram tantas as vezes e tantas as lágrimas,
Tanta a vergonha e o arrependimento…
Uma dor ardente de amor,
As lágrimas sofridas pela vergonha…

Usas e abusas, mas eu perdoo,
Não telefonas, não dás notícias, mas eu ignoro…
E ignoro o meu perdão com dor…
Dor que arde e fere sem compaixão,
Dor que vive em mim somente,
Por te adorar e perdoar…
Sinto-te tão próximo na distância que nos envolve…
Finjo que não dói mas sinto dor…

Vou e volto sempre a sorrir…
Para trás e para diante,
Ando-me a iludir…
Enquanto sorris por prazer,
Sorrio para não chorar…
Mas com tantos sorrisos teus,
Envolvo-me em lágrimas para me afogar…
Lágrimas de sangue do meu coração,
São meras paixões derrotadas pela ilusão…
Lágrimas límpidas do meu olhar,
São lençóis de água para me derrubar…
E são essas lágrimas que deslizam pelo meu rosto…
Sinceras, sofridas e ignoradas…

Mentiras e mentiras...


Dizias serem presentes preciosos,
Todas as palavras sábias que me dizias;
Nada poderia ter mais valor,
Que os valores que me transmitias…
Mentiras e mentiras todo o dia,
Ditas com convicção e honestidade;
Mais valiosas que diamantes em bruto,
Eram tesouros de desonestidade…
Mas com o cofre destrancado,
Descobriu-se toda a verdade;
E com o coração desalgemado,
Via e vivia a liberdade…
Não percebo tal necessidade,
Que tendes todos em mentir;
Uns mentem para nos conquistar,
Outros pelo desejo, para nos iludir…
A sinceridade eu prezo,
E a falsidade desprezo;
Porque sinceridade só abunda,
Quando a falsidade não a inunda…
Assim, todos os homens cobardes,
Temendo serem fracos e vazios,
Emergem na mentira profundamente;
Podendo ser colhidos em mil rios…

Desilusão...




Na vida há desilusões
Que temos que ultrapassar,
São como barreiras
Que temos que saltar.

No início o sentimento é muito recente,
Adoça a relação e apimenta a mente.
Depois a doçura fica destemperada,
E esse sentimento azeda e amarga.

Antes um mar de aventuras:
Botões de rosa por desabrochar,
Mergulham num mar de ilusões,
E pela corrente se deixam levar.

Depois abrem-se as portas da realidade:
O tempo não volta atrás,
Não varre as mágoas da desilusão,
Relembra recordações boas e más,
Aviva-as ou apaga-as do coração.

Incerteza


Como sorrir para o amor,
Quando este nos é incerto?
E na incerteza de um sentimento,
Sinto-me longe, mesmo quando estás perto.

Sorrindo para ti,
Sorrindo para o medo,
Sofrendo com medo de te perder,
E é nesse medo que me prendo,
Prendo-me a ele para não sofrer.

Presa numa ilusão,
Por vezes minha,
Por vezes tua,
Desprendo-me da certeza,
Quando a nossa mente está nua.

Solidão...


Um jardim sem flores,
Uma árvore sem folhas;
O dia sem Sol,
A noite sem Lua;
Um livro sem letras,
Uma estante vazia;
Um piano sem teclas,
Uma música sem melodia;
Água a arder sem ser ardente,
Fogo sem ardor que arde;
Uma veia de água,
Uma lágrima de sangue;
Dois corações trancados (por),
Duas chaves trocadas;
Eu e tu sem nós,
Nós sem um e o outro;
Tão vazio, tão sombrio,
Tão triste, tão só.

Nada restou...


Mirei o horizonte das rochas,
Contemplei o azul sem fim,
Em lágrimas de dor me perdi
Desvalorizei a figura que há em mim.
Só no teu ombro houve conforto,
Carinho de uma amiga incansável
Para ti não existe noite,
Quando o meu sentimento está instável;
Com mil horas, mil palavras, mil abraços,
Procuras afugentar a dor deste coração,
Em nobres palavras me provas
Que a vida que quero é uma ilusão;
Que não mereço tal dor, tal pena, tal pudor;
Existem mil caminhos cor-de-rosa,
Desenha-los todos um por um,
Ofereces a tua alma caridosa
Se me perder e cair por algum
E abraças-me de novo sem ressentimentos
E dou-te toda a razão sem fim;
Uma amiga a tempo inteiro,
Que agora já não é assim...
Cravou-me um punhal no peito,
Perfurando todo o meu sentimento...
Deixando apenas uma mágoa,
Sem uma lágrima de revolta...

De Nós nada restou...

Queria...


Queria o brilho de uma estrela...mas apenas tenho o escuro que as envolve
Queria o calor de um raio de Sol...mas apenas tenho uma queimadura que arde no meu peito
Queria a sensibilidade de uma flor...mas apenas tenho um espinho cravado
Queria a melodia de uma música...mas apenas tenho uma nota
Queria-te a ti...mas apenas tenho o meu coração despedaçado...

Não sei o que sinto...


Sinto que algo mudou em mim
E a cada olhar, a cada beijo, a cada carícia
Sinto-me tão fora de mim
Fora do meu exterior

Sinto que mudaste algo em mim
Procuro pela tua cara, pela tua voz…
E vejo-te e ouço-te em todo o lado
Procuro por ti onde estou

Procuro por ti quando choro
Procuro por ti quando riu
Procuro-te ao adormecer
Procuro-te ao acordar
Procuro-te sem te ter
Procuro-te sem te lembrar

O meu amor é tão real como platónico
Existe sem existir
Desejo-te sem saber se me desejas
Quero-te sem saber se me queres

Mas sinto que me queres e me desejas
Sinto o que sentes
Mas não sei o que sinto
Não sei o que sentes

Sei que algo existe
Sei que existe sentimento
Só não sei o que sinto
Por fora e por dentro

Sinto-te presente em mim...


És a perfeição,
És a beleza divina,
És o meu modelo a seguir…

És o anjo que me guarda,
Noite e dia sem me abandonar…
Nem a morte te pode desta vida levar…
Nem tão pouco dos nossos corações…

Cada passo que dou em direcção inserta,
Sinto a tua presença…
Nunca me abandonaste,
Sinto-te presente em mim…

A tua vida foi efémera,
Mas a tua alma é eterna…
Presente em mim te sinto,
Assim como todos nós.

Orgulho-me de ti…
Como a minha dor aperta no peito…
A minha saudade ferve,
Nas lágrimas que me envolvem a face…

Sempre dentro de mim te sinto,
Sinto a tua presença em mim…
Nada para mim é tão triste e tão feliz,
Como viver a vida por ti…

Sorrir...Por lembrar...


Só queria poder olhar para as flores,
Sentir o seu perfume.
Mergulhar num mar de rosas,
Sentir cada botão a abrir
Como se fosse despertar amor
Em todos os corações,
No meu coração,
No teu coração.
Ambos pelo mesmo motivo,
Pelo motivo de amar,
Para deixar ser amado.
Para poder dormir de noite.
Um sono mais descansado.
Para poder acordar sorrindo,
Sorrindo para uma parede branca,
Sorrindo para um móvel vazio,
Sorrindo para uma casa abandonada,
Sorrindo para um jardim sem flores,
Sorrindo sem motivo aparente,
Por lembrar que alguém nos faz sorrir,
Por lembrar que fazemos sorrir alguém,
Mesmo quando não estamos perto,
Por lembrar que se lembram de nós.
Por saber que mesmo nas piores alturas,
Podemos ser felizes e sorrir,
Porque alguém nos ama e nos recorda,
Porque alguém nos recorda a sorrir.
E poder mudar o mundo
Apenas com um gesto de amor,
Pois se esse amor for sincero,
O mundo será bem melhor!

Pé ante pé...


Pé ante pé
dançando suavemente,
entre saltos e bailados,
encanta toda a gente.

O sofrimento vencido
pelo esforço e dedicação,
jamais será sentido
nos olhos da multidão.

Pé ante pé,
saltita e rodopia;
Não existe sofrimento
quando por cortesia.

Leveza tão pura,
como pura é a paixão,
de quem sofre por amor
Por saber a razão.

Não vou esperar...


Não me quero apaixonar nunca mais…
Porque a paixão mata-nos na solidão…
Quando alguém merecer, vou amar…
E nunca mais a paixão me vai matar…

Estejas onde estiveres,
Sejas quem quer que sejas,
Apareças quando apareceres,
Não vou esperar…
Cansei-me…
Cansei-me de te reencarnar noutros corpos,
E não noutros corações…
De esperar impulsivamente por esse amor,
Que nunca chegou…
Nunca me amou,
Nunca reparou,
Que sempre estive aqui á espera…
E que agora não esperarei mais…

Estejas onde estiveres,
Sejas quem quer que sejas,
Apareças quando apareceres,
Nunca será tarde…
Mas não vou esperar…

Cansei-me…

Última vez...


Desejar a hora marcada,
Sem cautela e sensatez;
Inventar uma emboscada,
Só para te ter mais uma vez.

Mirar-te o desejo,
Despir-te da timidez,
Encantando cada momento,
Como se fosse a última vez.

Sem romantismo mas com cortesia,
Com embaraço e verdura,
Impaciente e desleixado,
Deixa-me na rua da amargura.

Sofrendo na tua ausência,
As mil lágrimas de traição;
Fingindo na tua presença,
Sentir-me bem na solidão.

“É a última vez”, a mim prometo,
Sem pensar no meu coração;
Despistada quase me esqueço
Que contigo é tudo uma ilusão.

É triste...


É triste sentir falta do que nunca se teve…
É triste arranjar força num amor jamais amado…
É tão triste um sofrimento vazio…
É tão triste a certeza que sumiu…

É triste abraçar a incerteza de um suposto amor…
É triste sorrir, sonhar e imaginar…
É triste relembrar uma imagem sem história…
É triste viver isolado numa memória…

É triste a tentativa de fazer tudo para reaver,
Um possível amor que nunca pudemos ter…
É triste a lembrança de um carinho do passado,
Vivendo solitária num passado relembrado…

É triste a solidão, a saudade e a ilusão…
É triste a tristeza de quem vive tristemente,
Iludindo o coração por ilusão da solidão…
É triste, tão triste, a incerteza do “se não”…

É triste quando tudo tem um fim…
É triste ver os dias a passar e o final a se aproximar…
É triste saber que tudo foi em vão…
E ver um sonho desvanecer numa ilusão…

É triste chegar a casa na esperança de um sorriso…
E perder o riso…a esperança e o sentido…
É triste mover montanhas para alcançar o verde da esperança…
Mas é ainda mais triste quem nunca os sonhos alcança…