terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Como um brinquedo novo...


Num momento de descontrolo
Vi-te entrar por aquela porta
Tinha um génio viciado
Que corrompia o meu cérebro
Foste um estímulo do meu defeito
O despertar do meu radar
Com esse jeito igual ao meu
Tomavas posse do meu olhar

Sem pensar nas consequências
Do meu fraco delito
Quebrei todas as regras
Ignorei-me por completo
Indo ao limite da loucura
Loucura que me atormenta
Sem vaidade nem sensatez

Eras como um brinquedo novo
Dado a uma criança abastada
Ansiando porque era vistoso
Pois não necessitava de nada

Mas como qualquer criança
Que se afeiçoa a um brinquedo
Tornando-o o seu preferido
Assim te tornei a meus olhos

Mas nunca foste o meu brinquedo
Só me deixaste afeiçoar-me a ti
Para me dares em troca uma traição
Só me enganaste descaradamente
Fazendo-me dependente de ti
Ao sentir-te dependente de mim

E saíste sempre vitorioso
Com palavras manhosas
Controlaste sempre as situações
Sem deslize de sentimentos

Não posso acreditar que foste capaz
Não quero acreditar
Foste um desperdício de sentimentos
Uma fraude

Sem guardar rancor
Perdoei-te
Quase sob pressão
Mas a mágoa ainda aqui vive
Onde para ti não tem significado
Dentro do coração

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